é um mês especial para os profissionais que trabalham no controle da infecção hospitalar. Neste mês se comemoram duas datas importantes. A primeira é 5 de maio, data definida pela OMS como o “Dia Mundial de Higienização das Mãos”, que visa estimular os serviços de saúde a desenvolverem ações que reforcem a higiene das mãos, como medida primordial para a prevenção e controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).
A segunda data relacionada ao tema é 15 de maio, “Dia Nacional de Controle de Infecção Hospitalar”. No mesmo dia, em 1847, o médico Ignaz Semmelweis, obstetra húngaro, que chefiava a enfermaria do Hospital Geral de Viena, lançava a primeira normativa obrigando todos profissionais a lavarem as mãos durante a assistência aos pacientes, como forma de prevenir um surto de febre.
Dessa forma, juntamos aqui todas nossas matérias feitas no mês de maio, referentes a infecções e prevenção.

O que é infecção ?

Infecções são situações muito comuns no dia a dia. Apesar disso, muita gente tem dúvida sobre esse processo do nosso organismo. Mesmo bem informado, é sempre importante procurar a ajuda de um médico. Ele vai saber orientar sobre o melhor tratamento e a medicação a ser tomada, caso seja necessário.
Infecção – são causadas por agentes externos. O organismo reage a entrada de microorganismos como vírus e bactérias, parasitas ou fungos. Nesse processo, as células de defesa tentam combater os micro-organismos, o que normalmente dá origem ao aparecimento de us.
Observando os sintomas, o médico então irá avaliar qual o tipo de micro-organismo que a está causando para poder indicar a medicação adequada.
Infecções causadas por bactéria – combatidas com antibióticos. Em alguns casos é preciso descobrir que tipo de bactéria está causando a infecção para saber que medicação será mais eficaz.
Infecções causadas por vírus – combatidas por antivirais. Há infecções virais para as quais ainda não há medicamentos, como herpes, hepatite B, Hepatite C, gripe e a Covid-19.
Infecções causadas por fungos – combatidas por antifúngicos. Algumas lesões na pele e nas unhas podem ser causadas por infecções fúngicas.
Infecções causadas por parasitas – combatidos por antiparasitários. Doenças como a malária são infecções parasitárias.

O que é uma infecção hospitalar?

Infecção hospitalar é qualquer processo infeccioso que se manifesta quando da permanência do paciente no hospital ou que pode ser relacionado à hospitalização. A cada ano, aproximadamente, dois milhões de hospitalizações resultam em infecção hospitalar.
As infecções hospitalares podem ser origem endógena, isto é, são causadas por microrganismos do próprio paciente ou exógena, ou seja, transmitidas pelas mãos dos profissionais de saúde ou outras pessoas que entrem em contato com o paciente.
A infecção hospitalar é causa de grande preocupação das instituições de saúde do Brasil.
Enquanto a média mundial de índice de infecção é 5%, o país apresenta o porcentual de 15,5% entre os pacientes internados, conforme dados do Ministério da Saúde.
Para reduzir os riscos de ocorrência de infecção hospitalar, um hospital deve constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que é responsável por uma série de medidas como o incentivo da correta higienização das mãos dos profissionais de saúde; o controle do uso de antimicrobianos, a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies etc.

E o álcool 70? É mesmo o melhor método de desinfecção ?

O álcool 70 está presente na maioria dos estabelecimentos de saúde. Quando utilizado moderadamente, o álcool 70 pode ser útil e efetivo, desempenhando uma série de funções por se tratar de um desinfetante com ação bactericida. Entretanto, alguns profissionais fazem o uso indiscriminado da substância, sem saber a real efetividade do produto e as consequências que o uso frequente pode acarretar.
Apesar de ser muito utilizado, principalmente em consultórios e clínicas, alguns aspectos devem ser observados: ação de corrosividade em determinadas superfícies – plástico, acrílico e borracha, por exemplo; inativação na presença de matéria orgânica – ou seja, as superfícies devem ser previamente limpas antes da desinfecção com álcool 70; rápida volatização na superfície – o que pode não garantir o tempo de contato suficiente para a desinfecção, principalmente em grandes áreas.
Apresentamos abaixo algumas das vantagens e desvantagens da utilização dessa solução:

Vantagens
• Bactericida de ação rápida;
• Ação na presença do Mycobacterium tuberculosis e virucida (somente para vírus lipofílicos);
• Irritante leve;
• Baixo custo;
• Não-tóxico;
• Incolor e não deixa resíduos.

Desvantagens:
• Não é esporicida;
• Tem atividade diminuída na presença de matéria orgânica;
• Danifica material de plástico, borracha ou acrílico;
• Evapora rapidamente, com diminuição da atividade antimicrobiana em sangue seco, saliva e
outras matérias orgânicas;
• Não tem registro como desinfetante na EPA (“Environmental Protection Agency”);
• Não tem ação residual;
• É um desinfetante de nível médio.

Higienização

A higienização de ambientes hospitalares ainda é a melhor forma de prevenção contra grandes infecções, garantindo assim a saúde dos pacientes e dos profissionais.